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Apego e cotidiano

Atualizado: 11 de fev.

O que aprendo no yoga e experiencio com Theo.

Uma das causas do sofrimento é o APEGO (rãga).

Situações de prazer levam quase invariavelmente ao apego, a um desejo de repetir, reproduzir de novo as mesmas SENSAÇÕES. Assim que um certo prazer é obtido, surgem novas paixões, que criam faltas, tensões, sentimentos contraditórios e comportamentos inadequados.


Vivemos a busca do relacionamento perfeito, daquela viagem, daquele emprego, daquela casa, daquele corpo, daquele reconhecimento...


Planejamos aquele vinho, na melhor taça, melhor companhia, melhor lugar.

No entanto, TODOS OS DIAS, bebemos a água que mata sede, sem nenhuma cerimônia ou atenção. Cotidiano.


Passado o vinho, quebrada a taça, o que vem agora para que eu possa me sentir vivo? Para que eu possa SENTIR?


A árvore da foto, cheia de "pompons" amarelos, está a um quarteirão da minha casa. Hoje eu parei para apreciá la. Além de pompons amarelos, ela tem o tronco vermelho. Que espetáculo!


Aprendo com Theo, que mantém o "UAUUU" com as coisas corriqueiras, no deslumbramento sincero da infância.


A gente merece o prazer, o desfrute do vinho, mas não precisamos dele para viver (apego às sensações).

O que a gente precisa é de reverenciar a água do dia a dia que mata a sede, apreciar árvores de pompons que se espreitam ao nosso lado e nos surpreendermos com o cotidiano da vida como o Theo faz.


São minhas reflexões sobre o Yoga Sutra de Patanjali, as de uma mulher que já não sente tanto prazer com o vinho e não quer se cansar em sensações fugazes apesar de um enorme apelo social, cultural revestido no engano de "aproveitar a vida".


Como Guimarães Rosa já disse lindamente:


"porque eu só preciso de pés livres, de mãos dadas, e de olhos bem abertos".

 
 
 

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