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O que eu não sou.

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Na ultima reflexão, sugerida na publicação anteriror, partindo dos ensinamentos das escrituras de que a causa de todo o sofrimento é a ausência de conhecimento da realidade e de quem nós somos, existe uma confusão a respeito do que Eu sou e o que é Meu (o meu corpo é meu, não sou eu; o sentimento é seu, não sou eu;...) 

Essa percepção do que é meu, que se confunde com o que eu sou, está numa camada mental denominada Ahamkara que pode ser "comparada com o ego", mas tem algums diferenças importantes que não cabe aqui tratá-las.

O Ahamkara é uma estrutura mental muito importante. Nela é estabelecida a diferenciação entre mim e o outro. É nessa camada da mente que se forma nossa identidade, mas de maneira superficial. Aqui é que me identifico como sendo esse corpo, com esse nome, essa profissão, residindo em tal lugar, que tem esse gosto por isso, ou aquilo. É onde vou definindo minhas relações com o ambiente e pessoas.


Contudo o Ahamkara é temporário. Não demonstra nada profundo da identidade, nada decisivo sobre quem Sou. Existe uma instabilidade, é circunstancial. Exemplo: Eu sou forte ( fisicamente), casada e resido no Brasil. Se por alguma circunstância (ex: doença), eu me torno fragil fisicamente, divorciada e morando no Japão, eu deixei de ser Eu?


Parece pueril, mas nossa confusão a respeito de quem somos pode nos levar a sofrimentos atrozes. A mente identificada, pode, nesse exemplo, experimentar: sou fraca e incapaz, sou sozinha, não tenho lar. Tudo isso é circunstancial e ,sim, as circunstâncias serão experimentadas, mas a partir de qual perpectiva? Do Eu aparente, ou do Eu profundo, real?

Quem tem a experiência das circunstâncias, de tudo que a vida traz de bom e de desafios?

Quem experimenta? Quem vive a experiência?


Sendo forte ou fraco, casado ou não, residindo em qualquer lugar, continua sendo Eu?


Permanece a reflexão: quem eu Sou?

Não busque uma resposta teórica, mental.

Medite.


"Às vezes, não há nenhum aviso. As coisas acontecem em segundos. Tudo muda. Você está vivo. Você está morto. E as coisas coninuam. Somos finos como papel."

Charles Bukowski.

 
 
 

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